"O mar serenou quando ela pisou na areia...
Quem samba na beira do mar é Sereia!"
A Linha das Águas compreende tanto as Caboclas de Iemanjá como as Caboclas de Oxum. As Caboclas dessa Linha são formosas,  simpáticas e de extrema paciência. Assumem diversos nomes, como:  Janaína, Iara, Inaê, Jandiara, Jandira, Jandaia, Indaiá, entre outros.  Também temos Caboclos atuando nessa Linha... Mas, hoje, contarei apenas  a história da Cabocla Janaína desta seara.
Janaína significa "Rainha do Lar". Ela nasceu na Tribo dos Goitacás, no litoral sul do estado do Espírito Santo. Eles eram índios pacíficos e felizes porque evitavam a guerra. Seu pai era um grande guerreiro e sua mãe uma grande tecelã. Viviam da caça e da pesca. Sua pele era queimada do sol da praia, onde gostava de passar horas apreciando o mar. Sabia nadar como um peixe e compreender a linguagem da natureza.
Janaína significa "Rainha do Lar". Ela nasceu na Tribo dos Goitacás, no litoral sul do estado do Espírito Santo. Eles eram índios pacíficos e felizes porque evitavam a guerra. Seu pai era um grande guerreiro e sua mãe uma grande tecelã. Viviam da caça e da pesca. Sua pele era queimada do sol da praia, onde gostava de passar horas apreciando o mar. Sabia nadar como um peixe e compreender a linguagem da natureza.
Quando  a expedição Cabralina passou por suas praias ela foi uma das primeiras a  avistar o navio e o homem branco. Apaixonou-se pelo que viu: eles  pareciam deuses para ela... Janaína possuía olhos amendoados, longos  cabelos negros e pele morena do sol. Seu corpo possuía boa forma e  beleza. Por isso, chamou a atenção do homem branco, quando ele  desembarcou próximo a sua aldeia. Ela correu avisar os chefes da Tribo e  chamar os demais. Acompanhou de longe todos os contatos, mas não  entendia o que eles falavam. Pelos sinais percebeu que tentavam se  aproximar e fazer amizade. Deram presentes, que para ela eram  desconhecidos: garfos, colheres, espelhos, colares... Mas, que pareciam  tesouros! O que mais lhe chamou a atenção foi o espelho! Já havia se  mirado nas águas de um lago, mas olhar-se num espelho, era mágico! 
Os  portugueses lhe deram um vestido e um adorno de cabelo e lhe mostraram  como usar tudo aquilo. Ela se vestiu e se enfeitou e percebeu os olhares  sobre ela. Nunca mais foi a mesma. Sentiu-se encantada com esse novo  mundo. Sabia que existia muito mais do que ela conhecia. Foram vários  meses de visita. Ela não tinha medo do homem branco e até apaixonou-se  por um deles; ele era um dos imediatos do navio. Mas, ela já estava  prometida em casamento.
Após  dois anos de visitas contínuas, ela entregou-se ao rapaz, em meio a  natureza. Dois meses depois estava grávida e o navio já estava de  partida. Sua tribo era severa com traições. Seria mantida presa na  oca até o nascimento da criança, a qual seria dada aos animais. Depois a  prenderiam em um mastro no meio da tribo, com privações diversas sob o  sol e a lua, até que contasse quem era o pai da criança. Em seguida  seria expulsa ou morta com uma flechada no peito. Por conta  disso, desesperou-se ao perceber que ficaria sozinha. Não tinha  planejado nada daquilo, apenas aconteceu. Então, ao ver o navio  partindo, atirou-se às águas e nadou o mais que pode para alcançá-lo.  Queria pedir ao pai da criança que a levasse junto. Mas, suas forças  enfraqueceram e afogou-se nas águas profundas... A Mãe d'Água  compadecida, devolveu seu corpo à praia e quando a encontraram não  entenderam o que aconteceu. A Tribo dizia que ela morreu por amor ao  homem branco.
Depois que desencarnou seu espírito foi recolhido e ela soube o restante da história. O rapaz retornou a Portugal e nunca mais visitou o Brasil. E somente trinta anos depois os brancos voltaram a pisar em sua terra nativa. Os capixabas foram colonizados e os índios catequisados pelo Padre José de Anchieta. Foi convidada a trabalhar para auxiliar os índios que morreriam nos próximos anos devido à ocupação pelo homem branco. Foi então fundada a Colônia de Jurema, que começou a abrigar todos os nativos que morriam para preservar seu solo. Os séculos passaram e muita coisa aconteceu ao Brasil. Sua terra não era mais a mesma. Surgiu a Colônia de Aruanda e um novo trabalho se instalou e ela se tornou mais uma trabalhadora da Seara Umbandista no solo brasileiro.
Depois que desencarnou seu espírito foi recolhido e ela soube o restante da história. O rapaz retornou a Portugal e nunca mais visitou o Brasil. E somente trinta anos depois os brancos voltaram a pisar em sua terra nativa. Os capixabas foram colonizados e os índios catequisados pelo Padre José de Anchieta. Foi convidada a trabalhar para auxiliar os índios que morreriam nos próximos anos devido à ocupação pelo homem branco. Foi então fundada a Colônia de Jurema, que começou a abrigar todos os nativos que morriam para preservar seu solo. Os séculos passaram e muita coisa aconteceu ao Brasil. Sua terra não era mais a mesma. Surgiu a Colônia de Aruanda e um novo trabalho se instalou e ela se tornou mais uma trabalhadora da Seara Umbandista no solo brasileiro.



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