Um senhor muito simpático e com vasta cabeleira branca aguardava o meu desprendimento do corpo físico no momento do sono para que eu viesse a aprender algumas preciosas lições àquela noite.
Não consigo recordar-me de haver conhecido uma pessoa que irradiasse uma energia de simpatia tão grande quanto aquele senhor. Fiquei olhando impressionado em sua direção até quando ele me disse:
— Preparado esta noite?
— O senhor me desculpe, mas preparado para que exatamente?
— Para mais um aprendizado.
— Ah, sim senhor!!!
Foi o que sinceramente respondi, mesmo sem ter ainda a mínima noção de que aprendizado seria aquele.
— Você não está com medo, está?
— Não senhor, pois à medida que o tempo vai passando e eu tenho a divina oportunidade de aprender com os senhores, eu vou adquirindo confiança ainda maior em Deus e nos vossos trabalhos.
— Então, vamos juremar?
— Juremar?
— Sim, entender um pouco sobre o nosso trabalho.
— O senhor está me dizendo que é um juremeiro, é isso?
— Não seria melhor você aprender com os próprios olhos?
— Se o senhor acha que é melhor assim seguirei vossa determinação à risca.
— Então vamos!!!
Aceitei o convite prontamente e assustei-me quando percebi que, ao invés de estarmos nos dirigindo para alguma região de mata, adentrávamos um hospital situado no plano físico; penso que este meu estranhamento deve ter se manifestado em minha face, pois foi quando eu o ouvi dizer:
— Não estranhe companheiro, pois seu aprendizado se dará aqui mesmo dentro deste hospital.
Estávamos em um grande hospital onde, obviamente, pessoas com os mais variados problemas encontravam-se internadas e eu, apesar de não entender qual tipo de aprendizado eu poderia obter com um juremereiro naquele ambiente, respondi:
— Sim senhor, estou as suas ordens!
— Então me diga: se pudesse escolher, quais pacientes você desejaria curar?
Pensei um pouquinho e respondi:
— Pacientes com problemas no aparelho circulatório!
— Pois bem. Então passemos para a ala onde estão os internos cardiopatas!
Havia quarenta quartos neste setor e nós entramos em um deles quando o juremeiro disse a mim:
— Observe!
O juremeiro, primeiramente, aproximou-se do enfermo e passou um olhar perscrutador ao longo de todo o corpo deste, depois ele abriu uma espécie de pequena sacola que estava pendurada em seu ombro e, de dentro dela, retirou com a mão direita uma espécie de gel transparente que ele usou em beneficio do chacra cardíaco do paciente; então, instantes depois, o inacreditável ocorreu: a acompanhante do enfermo foi chamar a enfermeira as pressas por que o seu esposo estava melhorando.
Eu olhei espantado para o juremeiro que, sem pestanejar, levou-me a outro quarto.
Desta vez o juremeiro escolhera uma paciente do sexo feminino só que utilizou um pouco do gel na região da fronte ao invés do coração e o médico que neste mesmo instante, no plano físico, tirava a pulsação da enferma impressionou-se pelo fato de ela ter saído do coma após sete anos.
Saímos do quarto e acho que meu olhar suplicante de esclarecimento deve ter contribuído para o juremeiro dizer-me:
— Pode falar filho!
— Meu Deus, o que o senhor fez com estes dois pacientes?
— Eu não fiz nada!!! Esta paciente que acabamos de assistir só saiu do coma por que já estava na hora dela despertar e o mesmo eu posso dizer do paciente do outro quarto que visitamos anteriormente, ou você se esquece do fato de que não cai uma única folha de uma árvore se não for da vontade de Tupã?
— O senhor tem razão, mas e este gel? O que há neste gel?
— Deus!
— Perdão?
— Quem criou o prana dos vegetais?
— Deus!
— Então penso que você me entendeu.
— Entendi sim senhor, mas que erva tão poderosa é essa que acorda até uma pessoa do coma?
— Já lhe disse que nenhum poder é maior que a vontade de Tupã e que foi Ele quem despertou a paciente do coma.
— Sim senhor, perdão!
— Não há o que perdoar, há o que se entender!!!
— Sim senhor!
— Quanto ao gel desta bolsa, o prana, ele é formado de cada energia que o paciente estiver necessitado de receber.
— Como? O senhor está me dizendo que existem pranas das mais diferentes ervas ai dentro desta pequena sacola que o senhor carrega consigo?
— Não só de plantas, mas também frutas, frutos e legumes.
— Mas então, como eu só vejo o senhor retirar sempre o mesmo gel? Como esta sacola pode conter tantos pranas diferentes se ela me parece tão pequena?
— Filho, antes de ir lhe buscar esta noite eu colhi o prana que fosse suficiente para auxiliar na cura de trinta e cinco pacientes deste hospital e que meus superiores determinaram.
— Trinta e cinco! Mas...
— ...Antes de lhe buscar eu estive neste hospital junto com outros companheiros e auxiliamos trinta e dois enfermos.
— Se o senhor tem a ordem para curar trinta e cinco enfermos, curou trinta e dois deles antes de ir me buscar e mais dois desde que aqui estou com o senhor, isto quer dizer que ainda resta mais um enfermo a ser curado!
— Exatamente!
— Será que antes de auxiliar na cura deste irmão que está faltando o senhor poderia esclarecer-me uma dúvida?
— Bem, não serei eu quem auxiliará a este irmão, mas eu posso lhe esclarecer a dúvida, pergunte!
— É que o primeiro paciente com problemas circulatórios que o senhor auxiliou eu percebi e penso que entendi porque o senhor aplicou o prana na região do chacra cardíaco, mas eu não compreendi por que na paciente que encontrava-se comatosa o senhor passou o gel no chacra frontal, ao invés de aplica-lo no cardíaco.
— Veja bem. Não é por que uma pessoa está com problemas cardíacos que o chacra cardíaco será o único a encontrar-se debilitado.
— Ah é?
— Perfeitamente. Veja o caso da paciente que se encontrava comatosa, por exemplo: descobriu que fora traída pelo marido, mas não estava querendo analisar a situação com clareza para decidir qual a melhor atitude a ser tomada. Ao contrário, colocou toda culpa dentro de si e passou a desejar secretamente a morte. Veio para este hospital realizar uma cirurgia cardíaca onde o corpo dela não reagiu bem e a forma pensamento do desejo de morte auxiliou-a a tornar-se comatosa. Após sete anos sem assumir o corpo físico e tendo a prendido muitas lições faltava o último passo para que ela saísse do coma que é uma expansão na visão sobre a vida espiritual e foi por isso que eu apliquei o prana no chacra frontal.
— Deus, é extraordinário!!! Mas...
— ...Sim?
— O senhor disse que falta o auxilio fraterno para a cura de mais um irmão enfermo e que não será o senhor quem o auxiliará; então, quem será???
— Você!
— Como?Eu?Mas eu não poderia!!!
— Por quê?
— Por que não sei fazer, posso fazer errado!
— Você já amou?
— Já! Já amei e ainda amo muito!
— Pois o teu amor irá lhe guiar, tendo em vista que uma parte do conhecimento de como proceder encontra-se dentro de ti, é só você se permitir o despertar.
— O amor vai me guiar, mas como?
— A pessoa que já se foi do plano físico e que você mais amou no mundo foi o seu pai, não é verdade?
— É sim senhor!
— Quando você era criança o seu pai teve um princípio de enfarte e décadas depois veio a desencarnar por um problema circulatório, não é verdade?
— É sim, meu Deus o senhor sabe!
— Sim e também sei que foi por isso que você escolheu, quando perguntado, o setor de pacientes com problemas circulatórios para praticar a caridade esta noite, não é verdade?
— É sim senhor!
— Diga-me: qual foi uma das lições mais importantes que você aprendeu com o seu pai?
— A dar sempre o meu melhor na realização das tarefas.
— Então, você entende como o amor lhe guiará na tarefa que lhe cabe?
Ao invés de responder deixei que minhas lágrimas falassem por mim. O juremeiro foi extremamente respeitoso e aguardou que eu serenasse as emoções. Instantes depois foi que ele disse a mim:
— Você sabe para onde devemos nos dirigir, correto?
Assenti com a cabeça que sim e caminhei com passos resolutos para o quarto de número vinte e três. Fiquei de pé ao lado direito do paciente e perguntei ao juremeiro:
— E agora, como devo proceder?
— Feche os olhos e faça uma prece a Tupã.
Rezei e, estranhamente, ao abrir os olhos eu entendia claramente o que fazer: como aprendera naquela noite que apesar de um paciente estar com problemas cardíacos o auxilio não deveria ser aplicado necessariamente ou unicamente no chacra cardíaco, então eu deveria ter uma fé muito grande para sentir onde estava o problema no paciente, tendo em vista que eu não possuo a mediunidade de ver com os olhos espirituais.
Cerrei novamente os meus olhos e passei as duas mãos, sem tocar, ao longo do corpo do paciente e comecei a sentir uma energia muito forte na região do plexo solar do irmão enfermo então, involuntariamente, veio a minha mente a imagem de saião e boldo e eu estiquei a mão direita em direção ao juremeiro que, sorrindo, abriu a sacola e despejou um pouco do prana na minha mão.
Após ter ministrado o prana no paciente nós saímos de dentro do hospital e ele me disse:
— Fale meu filho, é importante que eu lhe responda uma última pergunta antes de ir embora.
— Quando o senhor colocou o prana na minha mão eu senti o odor de saião e boldo, quando o senhor ministrou o prana nos outros dois pacientes eu senti o cheiro de outras ervas como pode ser isto?
— Eu já não lhe disse que colhi o prana de certos vegetais antes de vir lhe buscar no sono físico?
— Sim senhor, mas como estes pranas diferentes podem ficar todos misturados dentro desta sacola e serem tirados de forma específica, e não tudo misturado, quando ele vai ser ministrado a alguém em especifico? Esta sacola do senhor é mágica?
— Sim!
— Verdade?
— Sim, este embornal tem a magia do divino mistério de Jurema, a força divina contida no astral vegetal.
— Meu Deus!!!
— Filho, o amor lhe guiou pelos caminhos da fé e este juremeiro fica feliz em pedir a Tupã por todos vocês, os filhos de fé, que encham as vossas vidas do amor excelso Dele, pois só o amor perdoa e só o perdão pode fazer vocês se amarem ainda mais e clarearem os vossos caminhos na estrada que leva em direção ao Pai Criador de todas as coisas. Muitas vezes o que os olhos não vêem só o coração pode sentir, nunca se esqueça disso meu filho!!!
Não consigo recordar-me de haver conhecido uma pessoa que irradiasse uma energia de simpatia tão grande quanto aquele senhor. Fiquei olhando impressionado em sua direção até quando ele me disse:
— Preparado esta noite?
— O senhor me desculpe, mas preparado para que exatamente?
— Para mais um aprendizado.
— Ah, sim senhor!!!
Foi o que sinceramente respondi, mesmo sem ter ainda a mínima noção de que aprendizado seria aquele.
— Você não está com medo, está?
— Não senhor, pois à medida que o tempo vai passando e eu tenho a divina oportunidade de aprender com os senhores, eu vou adquirindo confiança ainda maior em Deus e nos vossos trabalhos.
— Então, vamos juremar?
— Juremar?
— Sim, entender um pouco sobre o nosso trabalho.
— O senhor está me dizendo que é um juremeiro, é isso?
— Não seria melhor você aprender com os próprios olhos?
— Se o senhor acha que é melhor assim seguirei vossa determinação à risca.
— Então vamos!!!
Aceitei o convite prontamente e assustei-me quando percebi que, ao invés de estarmos nos dirigindo para alguma região de mata, adentrávamos um hospital situado no plano físico; penso que este meu estranhamento deve ter se manifestado em minha face, pois foi quando eu o ouvi dizer:
— Não estranhe companheiro, pois seu aprendizado se dará aqui mesmo dentro deste hospital.
Estávamos em um grande hospital onde, obviamente, pessoas com os mais variados problemas encontravam-se internadas e eu, apesar de não entender qual tipo de aprendizado eu poderia obter com um juremereiro naquele ambiente, respondi:
— Sim senhor, estou as suas ordens!
— Então me diga: se pudesse escolher, quais pacientes você desejaria curar?
Pensei um pouquinho e respondi:
— Pacientes com problemas no aparelho circulatório!
— Pois bem. Então passemos para a ala onde estão os internos cardiopatas!
Havia quarenta quartos neste setor e nós entramos em um deles quando o juremeiro disse a mim:
— Observe!
O juremeiro, primeiramente, aproximou-se do enfermo e passou um olhar perscrutador ao longo de todo o corpo deste, depois ele abriu uma espécie de pequena sacola que estava pendurada em seu ombro e, de dentro dela, retirou com a mão direita uma espécie de gel transparente que ele usou em beneficio do chacra cardíaco do paciente; então, instantes depois, o inacreditável ocorreu: a acompanhante do enfermo foi chamar a enfermeira as pressas por que o seu esposo estava melhorando.
Eu olhei espantado para o juremeiro que, sem pestanejar, levou-me a outro quarto.
Desta vez o juremeiro escolhera uma paciente do sexo feminino só que utilizou um pouco do gel na região da fronte ao invés do coração e o médico que neste mesmo instante, no plano físico, tirava a pulsação da enferma impressionou-se pelo fato de ela ter saído do coma após sete anos.
Saímos do quarto e acho que meu olhar suplicante de esclarecimento deve ter contribuído para o juremeiro dizer-me:
— Pode falar filho!
— Meu Deus, o que o senhor fez com estes dois pacientes?
— Eu não fiz nada!!! Esta paciente que acabamos de assistir só saiu do coma por que já estava na hora dela despertar e o mesmo eu posso dizer do paciente do outro quarto que visitamos anteriormente, ou você se esquece do fato de que não cai uma única folha de uma árvore se não for da vontade de Tupã?
— O senhor tem razão, mas e este gel? O que há neste gel?
— Deus!
— Perdão?
— Quem criou o prana dos vegetais?
— Deus!
— Então penso que você me entendeu.
— Entendi sim senhor, mas que erva tão poderosa é essa que acorda até uma pessoa do coma?
— Já lhe disse que nenhum poder é maior que a vontade de Tupã e que foi Ele quem despertou a paciente do coma.
— Sim senhor, perdão!
— Não há o que perdoar, há o que se entender!!!
— Sim senhor!
— Quanto ao gel desta bolsa, o prana, ele é formado de cada energia que o paciente estiver necessitado de receber.
— Como? O senhor está me dizendo que existem pranas das mais diferentes ervas ai dentro desta pequena sacola que o senhor carrega consigo?
— Não só de plantas, mas também frutas, frutos e legumes.
— Mas então, como eu só vejo o senhor retirar sempre o mesmo gel? Como esta sacola pode conter tantos pranas diferentes se ela me parece tão pequena?
— Filho, antes de ir lhe buscar esta noite eu colhi o prana que fosse suficiente para auxiliar na cura de trinta e cinco pacientes deste hospital e que meus superiores determinaram.
— Trinta e cinco! Mas...
— ...Antes de lhe buscar eu estive neste hospital junto com outros companheiros e auxiliamos trinta e dois enfermos.
— Se o senhor tem a ordem para curar trinta e cinco enfermos, curou trinta e dois deles antes de ir me buscar e mais dois desde que aqui estou com o senhor, isto quer dizer que ainda resta mais um enfermo a ser curado!
— Exatamente!
— Será que antes de auxiliar na cura deste irmão que está faltando o senhor poderia esclarecer-me uma dúvida?
— Bem, não serei eu quem auxiliará a este irmão, mas eu posso lhe esclarecer a dúvida, pergunte!
— É que o primeiro paciente com problemas circulatórios que o senhor auxiliou eu percebi e penso que entendi porque o senhor aplicou o prana na região do chacra cardíaco, mas eu não compreendi por que na paciente que encontrava-se comatosa o senhor passou o gel no chacra frontal, ao invés de aplica-lo no cardíaco.
— Veja bem. Não é por que uma pessoa está com problemas cardíacos que o chacra cardíaco será o único a encontrar-se debilitado.
— Ah é?
— Perfeitamente. Veja o caso da paciente que se encontrava comatosa, por exemplo: descobriu que fora traída pelo marido, mas não estava querendo analisar a situação com clareza para decidir qual a melhor atitude a ser tomada. Ao contrário, colocou toda culpa dentro de si e passou a desejar secretamente a morte. Veio para este hospital realizar uma cirurgia cardíaca onde o corpo dela não reagiu bem e a forma pensamento do desejo de morte auxiliou-a a tornar-se comatosa. Após sete anos sem assumir o corpo físico e tendo a prendido muitas lições faltava o último passo para que ela saísse do coma que é uma expansão na visão sobre a vida espiritual e foi por isso que eu apliquei o prana no chacra frontal.
— Deus, é extraordinário!!! Mas...
— ...Sim?
— O senhor disse que falta o auxilio fraterno para a cura de mais um irmão enfermo e que não será o senhor quem o auxiliará; então, quem será???
— Você!
— Como?Eu?Mas eu não poderia!!!
— Por quê?
— Por que não sei fazer, posso fazer errado!
— Você já amou?
— Já! Já amei e ainda amo muito!
— Pois o teu amor irá lhe guiar, tendo em vista que uma parte do conhecimento de como proceder encontra-se dentro de ti, é só você se permitir o despertar.
— O amor vai me guiar, mas como?
— A pessoa que já se foi do plano físico e que você mais amou no mundo foi o seu pai, não é verdade?
— É sim senhor!
— Quando você era criança o seu pai teve um princípio de enfarte e décadas depois veio a desencarnar por um problema circulatório, não é verdade?
— É sim, meu Deus o senhor sabe!
— Sim e também sei que foi por isso que você escolheu, quando perguntado, o setor de pacientes com problemas circulatórios para praticar a caridade esta noite, não é verdade?
— É sim senhor!
— Diga-me: qual foi uma das lições mais importantes que você aprendeu com o seu pai?
— A dar sempre o meu melhor na realização das tarefas.
— Então, você entende como o amor lhe guiará na tarefa que lhe cabe?
Ao invés de responder deixei que minhas lágrimas falassem por mim. O juremeiro foi extremamente respeitoso e aguardou que eu serenasse as emoções. Instantes depois foi que ele disse a mim:
— Você sabe para onde devemos nos dirigir, correto?
Assenti com a cabeça que sim e caminhei com passos resolutos para o quarto de número vinte e três. Fiquei de pé ao lado direito do paciente e perguntei ao juremeiro:
— E agora, como devo proceder?
— Feche os olhos e faça uma prece a Tupã.
Rezei e, estranhamente, ao abrir os olhos eu entendia claramente o que fazer: como aprendera naquela noite que apesar de um paciente estar com problemas cardíacos o auxilio não deveria ser aplicado necessariamente ou unicamente no chacra cardíaco, então eu deveria ter uma fé muito grande para sentir onde estava o problema no paciente, tendo em vista que eu não possuo a mediunidade de ver com os olhos espirituais.
Cerrei novamente os meus olhos e passei as duas mãos, sem tocar, ao longo do corpo do paciente e comecei a sentir uma energia muito forte na região do plexo solar do irmão enfermo então, involuntariamente, veio a minha mente a imagem de saião e boldo e eu estiquei a mão direita em direção ao juremeiro que, sorrindo, abriu a sacola e despejou um pouco do prana na minha mão.
Após ter ministrado o prana no paciente nós saímos de dentro do hospital e ele me disse:
— Fale meu filho, é importante que eu lhe responda uma última pergunta antes de ir embora.
— Quando o senhor colocou o prana na minha mão eu senti o odor de saião e boldo, quando o senhor ministrou o prana nos outros dois pacientes eu senti o cheiro de outras ervas como pode ser isto?
— Eu já não lhe disse que colhi o prana de certos vegetais antes de vir lhe buscar no sono físico?
— Sim senhor, mas como estes pranas diferentes podem ficar todos misturados dentro desta sacola e serem tirados de forma específica, e não tudo misturado, quando ele vai ser ministrado a alguém em especifico? Esta sacola do senhor é mágica?
— Sim!
— Verdade?
— Sim, este embornal tem a magia do divino mistério de Jurema, a força divina contida no astral vegetal.
— Meu Deus!!!
— Filho, o amor lhe guiou pelos caminhos da fé e este juremeiro fica feliz em pedir a Tupã por todos vocês, os filhos de fé, que encham as vossas vidas do amor excelso Dele, pois só o amor perdoa e só o perdão pode fazer vocês se amarem ainda mais e clarearem os vossos caminhos na estrada que leva em direção ao Pai Criador de todas as coisas. Muitas vezes o que os olhos não vêem só o coração pode sentir, nunca se esqueça disso meu filho!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário