sábado, 4 de abril de 2015

Mestre Carlos


ImagemMestre Carlos Rei dos mestres, conhecidíssimo em qualquer sessão de Catimbó. Era um rapaz que gostava de beber e jogar “farrista”, andava no meio de “mulheres perdidas e gente livre”, Filho do Inácio de Oliveira, conhecido feiticeiro. O pai tinha desgosto e não o queria iniciar na feitiçaria. Contam, então, que Mestre Carlos “aprendeu sem se ensinar”, quando de uma bebedeira caiu num tronco de Jurema e morreu após 3 dias. Essa bebedeira seria o resultado de práticas rituais do Catimbó exercidas solitariamente e sem  iniciação. Um dia o pai saiu de casa e Carlos, com 13 anos apenas, penetrou no “estado”, tirou objetos imprescindíveis de invocação e saiu com eles. Foi num mato de juremeiras e iluminado por uma presciência maravilhosa conseguiu abrir uma sessão sozinho e invocar um mestre. Logo como em geral sucede, quando o mestre se desmaterializou outra vez caiu desacordado. O pai chegou em casa, Carlinhos nada de voltar. No dia seguinte a inquietação principiou. Andaram campeando o menino por toda a parte e no outro dia seguinte, Inácio de Oliveira, desesperado, reuniu gente e fez uma sessão. Quando caiu em transe, que mestre entrara no corpo dele? Nada menos que Mestre Carlos o mestre menino. Mestre Carlos é caracterizado como um entidade alegre, que gosta de brincar e rir durante as sessões; gosta de bebida, bebe jurema e cachaça. Especialista em casamentos e descobridor de segredos, estando sempre pronto para o bem e o mal.  Considerado pelos juremeiros como um mestre curador. Quando incorporado o médium transforma a fisionomia, fica meio estrábico, os lábios ficam em forma de bico; fala muito conversa com os presentes, gesticula, brinca, ri, receita garrafadas e dá passes.imobiliarias de campinas

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